Atividades Possui graduação pela Universidade Federal de Minas Gerais –…
Apendicite aguda é uma inflamação do apêndice cecal devido proliferação de bactérias no seu interior causando no paciente um quadro de infecção. O apêndice é uma estrutura tubular de fundo cego, de mais ou menos seis centímetros, que se localiza na porção inicial do intestino grosso (ceco). Quando ocorre sua obstrução, acontece a crise de apendicite aguda.
No início o paciente apresenta náuseas, dor abdominal difusa e febre baixa. Algumas horas depois, a dor se localiza na parte inferior do abdome à direita. Podem ocorrer outros sintomas menos comuns como diarréia, dor ou ardência ao urinar, além de distensão abdominal. Outras doenças podem provocar sintomas semelhantes à apendicite, como as doenças ginecológicas, infecção urinária e infecções intestinais.
Geralmente, a apendicite é diagnosticada apenas com os dados fornecidos pelo paciente e com o exame físico feito pelo médico. Quando existe dúvida podem ser solicitados exames de sangue, urina, radiografia do abdome, ultra-sonografia ou mesmo tomografia computadorizada.
O tratamento da apendicite é sempre cirúrgico. A cirurgia consiste em retirar o apêndice (apendicectomia). Pode ser feita pelo método aberto tradicional ou pela vídeo-laparoscopia. Com os avanços da tecnologia, a apendicite pode ser tratada com este moderno método sem a necessidade de uma grande incisão na parede abdominal. Esta cirurgia, também chamada de minimamente invasiva, consiste na utilização de instrumentos e uma câmara que envia imagens para um monitor de vídeo.
Quando comparamos resultados da apendicectomia por vídeo-laparoscopia com a operação aberta, a primeira acarreta menos dor pós-operatória, curta permanência hospitalar (normalmente um a dois dias), retorno mais rápido ao trabalho e melhor resultado estético das incisões na pele. Cabe ao médico indicar o método mais adequado para cada paciente.
Como em qualquer cirurgia, na apendicectomia também existem riscos. O risco dessas complicações não é maior do que se a cirurgia foi realizada com a técnica aberta. Complicações que podem ocorrer são: hemorragia, infecção envolvendo a ferida ou abdome, lesões de órgãos vizinhos como a bexiga, intestino, vasos sanguíneos ou nervos.
Às vezes não é possível utilizar a técnica laparoscópica, pois pode ser difícil executar a operação de forma segura. O cirurgião pode optar por converter a cirurgia laparoscópica em uma operação aberta tradicional em determinadas situações visando sempre a segurança do seu paciente. Embora muito rara, quando a conversão para uma técnica aberta ocorre, não se deve considerar um fracasso da operação. A conversão para operação aberta ocorre mais na presença da obesidade, pacientes que possuem cirurgia abdominal previa causando aderências abdominais, ou mesmo na dificuldade de identificar os órgãos ou sangramento durante a cirurgia.
Você provavelmente vai ser internado no hospital em regime de urgência. Cadastre um termo de consentimento autorizando seu médico realizar a cirurgia. No hospital, será realizado um acesso venoso em seu braço para fornecer medicamentos antes, durante e após a cirurgia. Após a cirurgia, você será levado para a sala de recuperação anestésica e ter sua pressão arterial, pulso e respiração acompanhada de perto até que você esteja completamente desperto. Nesta sala, você receberá toda medicação para aliviar seu desconforto.
No dia da alta hospitalar, você será informado de todos os cuidados para sua melhor recuperação. Tome a medicação seguindo a receita que você recebeu. Procure uma dieta saudável, rica em fibras, assim que voltar para casa. Evite levantar objetos pesados e atividades físicas intensas. Andar a pé e subir pequenos lances de escadas é bom para melhorar a sua circulação, mas evite excessos.
Evite dirigir durante os primeiros sete dias após a cirurgia. Você está liberado para relação sexual logo que você se sinta confortável e tenha discutido este assunto com seu cirurgião. Ligue e agende uma consulta de retorno no prazo de 1-2 semanas após a cirurgia. Normalmente não existem pontos para se retirar. Discuta com seu cirurgião o seu regresso ao trabalho dentro de uma a quatro semanas.
Você deverá chamar seu médico se você tem algum dos seguintes sintomas:
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