Nos últimos anos, cresceu o número de brasileiros obesos. Uma das formas de abordagem para o problema é a cirurgia bariátrica, cada vez mais difundida para a perda de peso, não  alcançada em tratamento conservador. Entretanto, como em qualquer procedimento cirúrgico, a cirurgia bariátrica também apresenta riscos. Por se tratar de uma cirurgia abdominal alta, as complicações ventilatórias merecem atenção especial. É importante destacar que essas complicações acontecem em maior número em pacientes obesos e submetidos à anestesia geral.

            Uma das possíveis complicações ventilatórias é a atelectasia, em que parte do pulmão, ou todo ele, sofre um “fechamento” e compromete a capacidade de respirar do paciente. Os estudos revelam que, in1divíduos dentro da faixa de peso considerada normal, também podem desenvolver atelectasia. Entretanto, a reversão do quadro é muito mais rápida nesse tipo de paciente.

            Alguns dos sintomas da atelectasia são tosse, febre e dificuldade de respirar. A sintomatologia varia conforme o grau de acometimento pulmonar.

             Vale ressaltar que, nem sempre, a atelectasia se desenvolve apenas associada a um quadro operatório do paciente. Muitos pacientes desenvolvem esse tipo de complicação pelo quadro crônico da obesidade e nem sabem disso. Esse perfil de paciente precisa de uma abordagem diferenciada para a cirurgia bariátrica, uma vez que seu quadro de atelectasia pode se agravar durante a cirurgia, favorecendo a ocorrência de outras complicações.

            É de fundamental importância uma abordagem específica no pré-operatório da cirurgia bariátrica para prevenir a complicação que pode estender o tempo de internação e complicar o pós-operatório. Medidas simples e específicas, passadas pela fisioterapeuta da equipe, na consulta antes da cirurgia, apresentam resultados satisfatórios para evitarem esse tipo de complicação.

            Lembre-se: sua saúde não tem preço, portanto previna-se!

Michelle Nery
Fisioterapeuta

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